Fim da Nextel Brasil – Nextel Brasil anunciou um acordo de venda das suas operações para a mexicana América Móvil, dona da Claro

Fim da Nextel Brasil – Nextel Brasil anunciou um acordo de venda das suas operações para a mexicana América Móvil, dona da Claro

Nesta segunda-feira, dia 18 de março, a Nextel Brasil anunciou um acordo de venda das suas operações para a mexicana América Móvil, dona da Claro no Brasil. O acordo ainda conta com a aprovação oficial da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), mas, segundo especialistas, tudo indica que também vai acontecer uma migração dos clientes Nextel para a Claro no território nacional.

Com essa migração, falhas temporárias no sinal podem ocorrer, já que, atualmente, a Nextel usa antenas da Vivo. Também é preciso ficar de olho no contrato da operadora e nas condições de serviços prometidas nele.

Direitos do consumidor
Se for comprovada alguma quebra de direito do consumidor e demais legislações, o cliente poderá reclamar primeiro com a própria empresa e, caso não resolva, por meio de denúncia junto á Anatel e o Reclame AQUI. Se mesmo assim, não for solucionado o problema, deve-se procurar a Justiça.

Neste caso, o mais importante é que o consumidor esteja realmente certo que seus direitos foram violados, juntando a maior quantidade de documentos possíveis para formalizar a reclamações.

Segundo Diego Campos, diretor de operações do Reclame AQUI, nada deveria mudar com o acordo. “Durante a vigência do contrato, a Claro tem que honrar com todos os compromissos firmados pela Nextel tais como: valor, serviços e franquia”.

Contudo, existe uma prática permitida pela Anatel que se chama: descontinuidade de plano. “A Claro pode, a seu critério, descontinuar o plano que era oferecido pela Nextel e migrar o cliente para outro plano de forma compulsória”, diz Campos.

A única obrigação da empresa é informar qualquer alteração contratual aos consumidores com prazo de 30 dias de antecedência. O cliente deve estar ciente da mudança e livre do pagamento de multas, caso ele queira cancelar o serviço.

“Ele deve estar atento as comunicações que a Claro fizer em caso de mudanças. Se houver, a empresa, provavelmente, informará por chamada telefônica ou SMS. Se o cliente se sentir insatisfeito com a mudança, ele pode se queixar, mas, principalmente, tem o direito de solicitar portabilidade sem qualquer tipo de ônus para outra operadora, com um plano mais adequado a sua realidade”, ressalta Diego Campos.

Já era previsto

A Nextel insistia iDEN, que já não era mais pratico ou mesmo funcional depois da chegada de tantas novidades. Sem inovar, a Nextel acabou locando antenas de outras operadoras aonde o cutos operacional acabada saindo muito alto e a qualidade baixa, apesar de suas campanhas agressivas de marketing já não vinha apresentando bons resultados, onde resultou em venda a Claro.

Nextel: breve história

A Nextel oferece o planos de rádio no Brasil desde 1997. Nos anos 2000, a empresa fez muito sucesso com o serviço, que utiliza uma rede diferente do celular, chamada iDEN, e permite que os dispositivos se comuniquem por uma tecnologia chamada Push To Talk (PTT). Na prática, o rádio funciona como um walkie-talkie, mas sem o problema com o limite de distância entre os aparelhos.

Além da concorrência com os aplicativos de mensagem, outro problema que pesou na decisão de desligar a rede foi a dificuldade de importar aparelhos. Segundo a empresa, smartphones compatíveis com a tecnologia não são mais fabricados no Brasil e fazer a importação não é mais vantajoso, já que o preço final para o consumidor não ficaria competitivo.

 

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ricardo