Encarando o fim das páginas do feed principal agora usuários veem apenas publicações pagas

Encarando o fim das páginas do feed principal agora usuários veem apenas publicações pagas

Facebook testa mudança que tira todas as páginas do feed principal

Desde o último sábado, 21, quem usa o Facebook começou a não ver mais posts feitos por páginas no feed de notícias principal, que ficou restrito a publicações de amigos.

Para encontrar os posts feitos por páginas, sera preciso acessar o Feed de Exploração, funcionalidade que foi criada pela rede social para ajudar os usuários a descobrirem outros tipos de conteúdo no Facebook, indo além do que aparece na linha do tempo principal.

[sociallocker]

A novidade foi descoberta por um jornalista eslovaco, Filip Struhárik, que reportou que algumas páginas estavam “vendo quedas dramáticas em alcance orgânico” – alcance orgânico, no jargão do Facebook, é o número total de usuários que uma publicação consegue alcançar sem precisar pagar para chegar a mais pessoas.

Uma série de veículos especializados internacionais repercutiram o assunto ontem, o que forçou o Facebook a se pronunciar. “Sempre escutamos nossa comunidade sobre como podemos melhorar a News Feed”, escreveu o diretor responsável pela área, Adam Mosseri.

“As pessoas nos dizem que querem uma forma mais fácil de ver posts de amigos e família. Estamos testando ter um espaço dedicado para que as pessoas possam manter contato com seus amigos e familiares, e outro espaço separado, chamado Exploração, com posts de páginas.”

Embora tenha assegurado que não há planos para expandir os testes globalmente por enquanto, Mosseri deixou claro que a empresa estuda ativamente maneiras de encontrar uma solução para o problema apontado pelos usuários.

“O objetivo desse teste é entender se as pessoas preferem ter espaços separados para conteúdo pessoal e público”, explicou. “Vamos ouvir o que as pessoas dizem sobre a experiência para entender se é uma ideia que vale a pena seguir adiante.”

20170803105330_660_420 Encarando o fim das páginas do feed principal agora usuários veem apenas publicações pagas

Nossa Opinião!

O alcance orgânico morreu, todos sabemos que isso um dia ia acontecer. Mas não reclame com o Mark, ele só quer fazer dinheiro, como todos nós. Não vamos chorar sobre isso, vamos falar sobre como você está montando a sua estratégia de mídia? Usando o Facebook como exemplo, há milhares de combinações de direcionamento de anúncios. Você está fazendo isso certo? Tá usando inteligência para montar um planejamento eficaz? Aliás, você está planejando isso direito? Aliás, mais um passo pra trás: você sabe diferenciar e planejar seus esforços de mídia paga, própria e adquirida?

6 dicas para encarar o fim do alcance orgânico

1. A era “free social” está oficialmente encerrada

As marcas já tinham uma ideia de que seus orçamentos deveriam incluir gastos em ações orgânicas e também em mídia paga, ao mesmo tempo em constataram que com isso conseguiriam fortes resultados. Mesmo que a taxa de sucesso diminua, disse David Moritz, CEO da Viceroy Creative, a maioria das grandes empresas vai querer ter uma presença efetiva no Facebook, a fim de permanecer relevante para os consumidores. “O custo vai ser maior”, disse Moritz. “O passeio livre acabou, mas todos que participaram parecem ter se beneficiado de alguma forma”.

Ben Hordell, sócio da DXagency, acrescentou que “a mídia social tornou-se muito menos livre com a necessidade de gerar receitas nas plataformas. As empresas vão dizer que esses algoritmos surgem para solucionar um problema de volume das publicações, o que também é verdade, mas o dinheiro está, certamente, fazendo a sua parte como sempre faz”.

Mais carinho com o seu site, faça um mix do site com as redes sociais, use conteúdo das redes no site e vice e verça.

2. O melhore conteúdo vence

Todos concordam que a diminuição do alcance orgânico irá forçar as marcas a pensar de forma mais inovadora, a exemplo do que Red Bull e Gatorade já têm feito. E se o foco é Instagram, a Tommy John parece estar à frente do jogo em termos de conteúdo (na última semana eles postaram uma foto de um influenciador do mundo fashion – Cuffington – com uma hashtag poderosa – #MarchMadness – e em segundos acumularam mais de 100 likes).

Mesmo que não houvesse nenhuma verba por trás do post (Cuffington não foi pago para fazer a foto), Monica Fineis, diretora de social da Tommy John, disse que a combinação de influenciadores com anúncios no Twitter e no Instagram poderiam ser importantes para estratégia de marketing em tempos de mudança de algoritmo.

Tania Yuki, CEO do player de marketing de mídia social Shareablee, é de opinião similar. “Se um anunciante ainda está lutando para criar uma estratégia social que impacte os usuários, essas mudanças algorítmicas irão desafiá-lo a pensar ainda mais sobre o seu potencial criativo“, disse ela.

Adam Padilla, CEO da Brandfire, acrescentou que o bom conteúdo cria “reações e rupturas, porque é autêntico e comunica claramente. E é isso o que uma verdadeira marca é”.

3. Anúncios melhores graças ao algoritmo

Se houver menos conteúdo de marketing orgânico na timeline, isso pode ajudar os anunciantes a exercer mais impacto nos consumidores, avalia Padilla. “A vantagem destes algoritmos para os comerciantes, pelo menos no curto prazo, é que eles vão ter um consumidor-alvo ainda mais específico, fazendo com que cada dólar gasto renda mais resultados”, disse ele.

Yuki acrescentou: “Se você é um anunciante que tem obtido sucesso com sua estratégia social, agora mais usuários serão capazes de descobrir o seu conteúdo”.

4. Muitos vão perder

Marketing de conteúdo é difícil, por isso muitos comerciantes podem esperar mais do que nunca escutar histórias de marcas que ficaram para trás. “Não se iluda“, disse Hordell, da DXagency. “Mesmo se você tiver um conteúdo inacreditável, você pode acabar naquela situação de que uma-árvore-cai-na-floresta-e-ninguém-está-lá-para-vê-la”.

5. O e-mail pode se tornar mais lucrativo

Hordell também opinou no sentido de que as alterações do algoritmo têm tornado o e-mail marketing ainda mais atraente nos últimos anos. “Com o e-mail marketing, os comerciantes têm maior controle da entrega da mensagem quando comparado com as mídias sociais”.

E hey, ele pode estar certo. Basta considerar o relatório da Epsilon que mostrou que a geração Y está usando cada vez mais o e-mail, na verdade mais do que qualquer outra geração.

6. Se você for pego de surpresa, que vergonha

Muitos dos profissionais ouvidos pelo Adweek disseram que já haviam previsto as mudanças no algoritmo há um bom tempo. “Nós estamos nos preparando para isso e não sendo surpreendidos”, disse Fineis de Tommy John. “Significa (o novo algoritmo) apenas que você tem que trabalhar duro para gerar engajamento, essa é a forma como abordamos cada pedaço de conteúdo.”

*  Trechos Traduzidos e adaptados de 6 Reactions by Marketers to the End of ‘Free Social’ as the Algorithm Era Unfolds.

[/sociallocker]

Share this content:

ricardo